Os preços do café arábica fecharam em baixa
nesta sexta-feira na bolsa de Nova York. A cotação para vencimento dezembro
2019 fechou o dia a 96,05 com 125 pontos de baixa. Na semana as cotações acumularam pequena queda
de 35 pontos.
Produtores de café do Brasil estão se mobilizando para emplacar um programa
governamental que teria o potencial de sustentar os preços no maior exportador
global da commodity, dando apoio direto a 10 milhões de sacas de 60kg.
Integrantes da Frente Parlamentar do Café pretendem apresentar na semana que
vem um projeto de lei, com regime de urgência, que prevê a implantação do
chamado Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro) na modalidade
invertida. Para o Conselho Nacional do Café (CNC), que representa os
produtores, a medida é importante no momento em que as cotações globais estão
oscilando perto de mínimas de mais de 13 anos, em meio a grande safras.
De
acordo com a proposta formulada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA) e apresentada ao Ministério da Agricultura na última terça-feira,
considerando um Pepro de R$50,00, para 10 milhões de sacas, o volume de
recursos públicos estimado seria de 500 milhões de reais, algo que pode ser
desafiador, considerando a crise fiscal no governo.
O valor de referência sugerido para o café arábica seria composto do preço
mínimo definido pelo governo, de 362,53 reais/saca, mais um adicional de apoio
à comercialização de 54,38 reais/saca, acrescido de um custo de carregamento
(21,24 reais/saca), o que resultaria em 438,15 reais.Considerando o café
arábica (tipo 6, bebida dura), só ganharia o prêmio de 50 reais/saca aquele
produtor que vendesse o produto acima de 438,15 reais. Mas, para receber o
Pepro, o produtor não poderia vender o produto por um valor igual ou superior a
um teto estabelecido de 488,15 reais/saca.