Os preços do café arábica fecharam em alta na bolsa de Nova York nesta
quarta-feira. Após a queda verificada ontem, hoje tivemos um dia de recompras e
ajustes técnicos. A cotação para vencimento setembro 2019 fechou o dia a 107,40
com alta de 185 pontos.
Conforme relatório mensal de junho 2019
sobre performance da consumo de cafés em nível mundial feito pelo
Conselho dos Exportadores de Café do Brasil - Cecafé, o qual está
disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa
Café, coordenado pela Embrapa Café, a demanda de café em nível mundial no
ano-cafeeiro de 2018 foi calculada em 164,64 milhões de sacas, das quais 114,38
milhões de sacas foram consumidas pelos países importadores e 50,26 milhões de
sacas pelos países exportadores. Tendo como base esse parâmetro global, se for
estimado um aumento da demanda aplicando a taxa de crescimento de 1,5% ao ano,
o consumo atingirá 196,84 milhões de sacas até 2030. Mas, se aplicada uma taxa
de crescimento um pouco maior, de 2% ao ano, para esse mesmo período, a demanda
poderá ser de 208,80 milhões de sacas. E, num terceiro cenário, com a demanda
se expandindo em torno de 2,5% ao ano, o consumo mundial de café em 2030 poderá
ser de até 221,42 milhões de sacas de 60kg ao ano.
Retrospectiva dos dados e números dos últimos 20 anos aponta que, no ano
2000, a demanda foi de 105,50 milhões de sacas, e que os Cafés do Brasil
participaram com 31,1% desse consumo. Em 2004, quando a demanda global atingiu
a marca de 120 milhões de sacas, o café brasileiro participou com 35,7% do
consumo dos cinco continentes. Na sequência, em 2008, cujo consumo
registrado no planeta foi de 132,96 milhões, a participação do Brasil no
fornecimento do produto foi 37%. Em 2012, ano em que o consumo global atingiu
145,37 milhões de sacas, os Cafés do Brasil tiveram uma participação de 35,2%
do mercado. E, por fim, em 2018, a participação brasileira no suprimento do
consumo global subiu para 37,7%.