Os preços do café arábica iniciaram a semana com pequena baixa
na bolsa de Nova York. A cotação para vencimento dezembro fechou o dia a 186,80
censt/lb com baixa de 125 pontos. Mercado segue de olho no clima do Brasil que passar
por um período de seca muito prolongando sobre as principais regiões produtoras
de café.
Conforme “relatório sobre o mercado de Café – agosto 2021”, da
Organização Internacional do Café – OIC, o consumo mundial de café no
ano-cafeeiro 2020-2021 deverá atingir um volume físico equivalente a 167,01
milhões de sacas, o que representará um crescimento de 1,9% em relação ao
ano-cafeeiro anterior, que foi de 163,9 milhões de sacas de 60kg. Nesse
contexto, vale destacar que nos últimos 10 anos o crescimento médio do consumo
mundial foi coincidentemente de 1,9% ao ano. Exclusivamente nos países importadores
o consumo deverá ter um crescimento de 2,3% no ano-cafeeiro 2020-2021, com
previsão de atingir 116,5 milhões de sacas. E nos países produtores tal consumo
interno deverá aumentar 1%, somando 50,5 milhões de sacas.
Já a produção mundial 2020-2021 de acordo com o relatório da
OIC, esta estimada em 169,6 milhões de sacas de 60kg, com um aumento de apenas
0,4% em comparação com 169 milhões de sacas produzidas no ano-cafeeiro
anterior. Em análise da produção das duas espécies de café produzidas comercialmente,
calcula-se que a produção de café arábica deverá ter volume de 99,3 milhões de
sacas e a de café robusta 70,4 milhões de sacas, o que representa
respectivamente aumento de 2,3% e redução de 2,1% em relação aos volumes dessas
espécies no ano-cafeeiro anterior. Ja para os próximo anos a entidade projeta
queda na produção mundial, tendo em vista as safras do Brasil no ano de 2021 e
2022, que além do ciclo bienual de baixa enfrenta problemas em decorrência da
geada e seca.