Os preços do café arábica
fecharam com boa alta na bolsa de Nova York nesta quarta-feira. A cotação para vencimento
setembro fechou o dia a 156,60 cents/lb com alta de 435 pontos. A alta do dia
foi influenciada pela valorização do real frente a dólar e também por preocupações
com clima no Brasil .Há previsões de uma nova frente fria entrando no parque cafeeiro nos
próximos dias. As previsões do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)
indicam queda nas temperaturas em parte do centro-sul do Brasil a partir do dia
20.
Conforme relatório do
Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), os embarques nacionais do
produto somaram 3,012 milhões de sacas de 60 kg em junho. Com o desempenho, o
país registrou novo recorde no fechamento das remessas cafeeiras no acumulado
da safra 2020/21, que alcançaram 45,599 milhões de sacas, apresentando alta de
13,3% em relação à temporada 2019/20 e de 10,1% sobre as 41,426 milhões de sacas
de 2018/19, até então o melhor desempenho.
Entre julho do ano passado e o
fim de junho deste ano, o Brasil exportou café a 115 países e os Estados Unidos
permaneceram como principais parceiros comerciais. Os norte-americanos elevaram
em 5,8% as aquisições do produto frente ao ciclo 2019/20, importando 8,337
milhões de sacas, as quais representaram 18,3% das exportações totais. A
Alemanha, com representatividade de 17,4%, adquiriu 7,948 milhões de sacas
(+16,2%) e ocupou o segundo lugar no ranking. As exportações dos cafés
nacionais para a Bélgica cresceram 40%, somando 3,833 milhões de sacas. Assim,
os belgas saltaram ao terceiro lugar na tabela e responderam por 8,4% dos
embarques. Fechando o top 5, vieram Itália, com 2,762 mi/scs (6,1% do total), e
Japão, com 2,626 mi/scs (5,8%).