As cotações futuras do café arábica fecharam com quedas de 130 pontos nesta quinta-feira na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) cotado a 96,45 cents/lb, estendendo as percas do pregão anterior. Como as cotações não tiveram forças para romper os 100,00
cents/lb especuladores e fundos entraram vendendo, pressionando as cotações.
Nesta semana, o Banco do Brasil lançou uma medida
para prorrogar as dívidas dos cafeicultores de Minas Gerais. O setor,
responsável por uma contribuição média de R$ 26 bilhões anuais ao Produto
Interno Bruto (PIB) do Brasil, atravessa momento de crise, com preços abaixo do
esperado para ano de baixa produção. “O Banco do Brasil permitiu que o
cafeicultor com dificuldade no fluxo de caixa tenha duas oportunidades: um
programa de prorrogação de cinco anos e uma linha voltada aos produtores sem
dificuldades extremas, de renegociação, com prolongamento em até 12 anos. Isso
dará ao cafeicultor condições de reorganizar seus negócios, colher sua safra e
seguir na atividade”, explicou o presidente da Federação da Agricultura do
Estado de Minas Gerais, Roberto Simões.De acordo com a secretária de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Ana Valentini, além dos preços baixos, os produtores tiveram quebra na produção em quantidade e na qualidade do café deste ano. “A medida não resolve
totalmente o problema, mas traz um prazo para que o produtor possa pagar suas dívidas e ter novo fôlego”, afirma.