Os preços do
café na bolsa de Nova York fecharam com baixa de 160 pontos, a 112,30 cents/lb
para vencimento março 2019. Nas primeiras horas de pregão o mercado chegou a
testar o nível de 115,00 cents/lb porém não teve forças para se manter,
voltando a trabalhar no território negativo.
O Brasil lidera
a demanda global, com uma participação de 16% do total. Em média, cada
brasileiro consume 839 xícaras/ano, mais do que os americanos. "Mesmo com
a crise, enquanto as outras bebida tiveram queda, o consumo de café continuou
forte", disse Angelica Salado, analista da Euromonitor. A razão, segundo
ela, foi a capacidade da indústria de responder às mudanças de mercado, com
novos produtos e canais de distribuição.
O
presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado Mineiro, Francisco Sérgio
de Assis, acredita que a produção de café dos produtores que integram a
Federação deve recuar 25% na próxima safra, chegando a 5,250 milhões de sacas
de 60 quilos.
“A
queda será mais acentuada do que o normal em virtude do grande número de podas
feitas. Geralmente o recuo da produção (em anos de bienalidade negativa) é de
15%”, explicou Assis para o Grupo Estado de São Paulo, durante a abertura do
26º Encontro Nacional das Indústrias de Café (26º Encafé), em Punta del Este,
no Uruguai
A
florada foi irregular na região, formada por aproximadamente 235 mil hectares
de café. “A vegetação está muito boa, as chuvas também beneficiaram as
plantações, mas os grãos estão irregulares, tivemos várias floradas em momentos
diferentes”, completa Assis.