Os
contratos futuros do café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US)
fecharam com alta de 215 pontos nesta quarta-feira . O mercado externo buscou
acomodação depois da queda expressiva de ontem. A baixa do dólar frente ao real
e notícias da Colômbia impulsionou a alta de hoje.
O líder da
Velez, líder da federação nacional do café da Colômbia, Roberto Veléz, disse na
última terça feira que a Colômbia, maior produtora mundial de café arábica
lavado, planeja vender sua colheita a um preço que cubra os custos de produção,
sem estar atrelado à cotação do mercado de Nova York.
A
federação há tempos soou o alarme quanto aos preços baixos, que deixam muitos
cafeicultores operando com prejuízos, argumentando aos grandes compradores que
eles deveriam garantir que os produtores obtivessem lucro. Os cafeicultores
ainda pediram subsídios ao governo. Os produtores precisam obter 760 mil pesos
(cerca de 240 dólares) por 125 kg no mercado interno para atender aos custos de
produção, disse a federação. Os preços no mercado interno estavam em 690 mil
pesos por carregamento na segunda-feira. “Chegou a hora de começar a pensar em
um modo diferente e separar o preço do café colombiano do mercado de softs de
Nova York e chegar a um ponto em que tenhamos um lucro acima dos custos de
produção”, disse a repórteres Roberto Velez, líder da federação. “Se você
quiser, paga o preço; se não quiser isso, não compra café colombiano, pois caso
contrário o café colombiano não é viável”, disse Velez. Os cafeicultores colombianos
“não podem gastar suas vidas inteiras mendigando, porque a indústria está
ficando rica com o que eles produzem”, declarou Segundo Velez, o mercado de
Nova York está muito ligado à produção do Brasil e não leva em conta os
cafeicultores de Colômbia e América Central.