As cotações
futuras do café arábica fecharam com 100 pontos de alta nesta quinta-feira na Bolsa de Nova York (ICE
Futures US). O mercado do grão realizou ajustes depois de cair forte na véspera
acompanhando o câmbio e informações da oferta. A cotação para o primeiro
vencimento da tela, julho, fechou a 93,35 cents/lb. Operadores seguem atentos
as notícias do Brasil, os primeiros grãos da safra já são colhidos, embora seja
muito cedo para avaliar, a qualidade e o rendimento até então tem deixado a desejar.
Os exportadores brasileiros têm pisado no freio na hora de fecharem
contratos de câmbio nestes primeiros meses do ano, e mesmo uma aceleração a
partir de agora não deve significar ingressos de recursos volumosos o
suficiente para levar o dólar de volta às mínimas do ano, na casa de R$3,65. A
alta da moeda norte-americana em março para patamares próximos a R$4,00 até estimulou alguma antecipação de
"hedge" cambial, com as empresas vendendo na B3 contratos a termo de
dólar sem entrega física, os chamados NDFs. Mas esse reforço apenas equiparou
os volumes do trimestre aos dos primeiros três meses de 2018. E, com a
expectativa de menor crescimento nas exportações e o cenário tortuoso para a
Previdência, a venda de dólar se torna mais arriscada, o que desestimula o
fechamento de câmbio e, portanto, de entrada de fluxo no mercado. Nesta
quinta-feira, o dólar voltou a alcançar a marca de R$4,00 na abertura do
mercado, mas passou a cair e operar em torno de R$3,95 após fala do diretor de
Política Monetária do Banco Central, Bruno Serra Fernandes, de que a autoridade
monetária não tem "preconceitos" em relação ao uso de qualquer
instrumento cambial.