O mercado futuro do café arábica fechou em baixa pelo
terceiro pregão consecutivo na Bolsa de Nova York (ICE Future US). As cotações
no mercado futuro do café arábica trabalharam com desvalorização, em um momento
em que o setor segue acompanhando as condições das lavouras do Brasil. As
rolagens de posições julho/setembro seguem predominando no terminal
norte-americano. A retomadas dos embarques de café por parte da Colômbia também
pressionam as cotações.
As
exportações brasileiras de café, em maio de 2021, totalizaram 2,616 milhões de
sacas de 60 kg. No comparativo com o mesmo mês do ano passado, o desempenho
representa queda de 20,3% em volume. Segundo o presidente do CECAFE, Nicolas
Rueda, em maio, o desempenho das exportações foi impactado pela continuidade
dos entraves logísticos, com falta de contêineres e de espaço nos navios, e
pelas adequações que vêm sendo realizadas no processo de modernização da
emissão dos certificados de origem da Organização Internacional do Café (OIC),
requeridos no embarque do produto.
Mesmo um mês antes do fechamento da temporada 2020/21, o
Brasil já bateu o recorde em volume exportado durante uma safra. De julho de
2020 ao final de maio deste ano, o país remeteu 42,5 milhões de sacas ao
exterior, o que representa incremento de 14,3% sobre idêntico intervalo
anterior e supera as 41,4 milhões de sacas registradas nos 12 meses do ciclo
2018/19, até então o maior nível apurado nas remessas de café do país.
Os estoques de café verde
nos armazéns dos EUA tiveram
aumento de 52.571 sacas em maio,
conforme relatório divulgado hoje pela Green Coffee Association –GCA. Total de
café nos armazéns norte americanos no final de maior era de 5.731.733 sacas.