Os
preços do café arábica fecharam em queda na bolsa de Nova York nesta
sexta-feira. A cotação para vencimento dezembro fechou o dia a 203,55 cents/lb
com baixa de 505 pontos. A semana foi marcada por grandes oscilações mas no
saldo da semana as cotações ficaram praticamente inalteradas, baixa de 40
pontos.
Conforme estudo do Itau BBA, a próxima safra
de café do Brasil (2022/23) poderá atingir 62 milhões de sacas de 60 kg, em um
cenário base considerado por analistas da instituição, que notaram dificuldades
de realizar projeções após uma longa estiagem e geadas. Em um cenário mais otimista,
a safra no maior produtor e exportador global somaria 64 milhões de sacas,
enquanto no mais pessimista, 60 milhões de sacas. Esses volumes projetados para
2022/23, um período de alta produtividade do ciclo bianual do arábica, ainda
superariam os da temporada 2021/22, de 56 milhões de sacas, segundo números
citados pela instituição. Mas ficariam distantes do volume colhido no último
ano de alta, na safra 2020/21. "Acreditamos ser razoável neste momento uma
perda entre 8 e 12 milhões de sacas de café arábica em função da seca e das
geadas, quando comparada à produção 2020/21, último ano de safra alta, ou seja,
entre 15% e 24% abaixo do referido ano", disse.
Segundo o Itaú BBA, isso significaria
produção entre 38 milhões e 42 milhões de sacas de arábica. Somado à safra de
café conilon --que pode evoluir 5% novamente, semelhante ao crescimento deste
ano, segundo o banco, -- o Brasil teria potencial de produzir ao todo entre 60
milhões e 64 milhões de sacas de café em 2022/23.